Teve várias utilizações, desde casa de apoio à casa onde residiam os meus avós, até remedeio para vizinhos que dela precisassem, hospedaria de algumas professoras e ultimamente, era a casa dos caseiros.
É um apartamento T2, com duas belíssimas varandas, uma virada para o espaço comum (quintal/ jardim e outra virada para a hortinha). Na cozinha (com placa de indução, frigorífico, máquina de lavar loiça, microondas) e sala em open space, pode ver-se o louceiro que aí havia, melhorado hoje, uma peça de madeira muito interessante.
Cada quarto tem 12m2 ; um deles tem cama de casal e o outro tem dois sommiers. Os dois quartos usufruem de um espaço magnífico, com portas envidraçadas que dão acesso à varanda; virada a poente propõe-se mostrar maravilhosos pôr de sol, em tardes de verão e outono.
Conserva a estrutura interior e exterior, com madeiras à vista, em estruturas dignas da melhor engenharia atual.

Casa dos caseiros, também chamada Casa d’além (nome derivado da situação relativamente à casa principal.)
Esta casa foi adquirida pelo meu avô Augusto ao seu irmão João Pedro, que ficou a viver no Brasil. Restaurada em 1920 era um complemento à casa principal com as varandas a unir as duas casas.
Foi casa de caseiros, foi casa de pessoas que precisavam de uma casa enquanto construíam a deles.
Foi, também, casa de professoras da escola primária da Edrosa e foi casa de engenheiros das minas, aquando da prospecção de minério na Edrosa.
Hoje, é uma casa (um apartamento, uma habitação) para turistas. Toda a sua estrutura em madeira de castanho, leva-nos a tempos recuados em que a segurança e o conforto vinham de saberes feitos de experiências bem-sucedidas.
O “peão” ou “aranha”, estrutura original que segura o teto da casa é uma autêntica obra de arte, digna da assinatura de nomes grandes da arquitetura atual. Foram, todavia, Homens do início do século XX, sem auxílio de máquinas, que, com engenho, arte e muito esforço construíram esta casa.