Não acreditam, mas este espaço era a casa, a loja da égua, que o meu avô Augusto montava garbosamente para se deslocar onde precisava e não havia acesso para automóveis ou sequer camionetas. Era em equídeos, animais resistentes e fiáveis, que muitos, (os que podiam) se deslocavam; a égua, sempre de confiança, atravessava a serra nos seus calores e nevões.
A égua tinha um bom espaço, com o macho, ou a burra na loja mais pequena, havia as manjedouras, locais onde se punha o feno, ou a erva para os animais comerem. Era um animal elegante, de cor castanho arruivado, que me fascinava, sempre que eu ia esperar o meu avô, nas suas idas e montadas. Houve certamente cavalos, burros, mas a minha memória vai para essa égua maravilhosa, a cavalo da qual fui para Vinhais, fazer o exame da então 4ª classe.